Dona de clínica investigada pela causar deformações em pacientes mentiu ao dizer que é formada em biomedicina, segundo relato do delegado responsável pelo caso. Karine Gouveia e seu esposo, Paulo César, estão sob suspeita de ter causado danos em pelo menos 60 pacientes, levantando sérias questões sobre a legalidade de seus procedimentos. O Conselho de Biomedicina esclareceu que Karine não possui e nunca teve registro como biomédica, colocando em cheque sua qualificação profissional na área da saúde.
Em um áudio divulgado pela Polícia Civil, Karine Gouveia afirma a uma pessoa que possui formação em biomedicina. No entanto, o delegado Daniel Oliveira esclareceu que a dona da clínica mentiu sobre sua formação, já que não possui qualquer qualificação na área da saúde. A questão levanta preocupações sobre a conduta ética e legal dos profissionais de saúde envolvidos nos procedimentos que resultaram em danos físicos a dezenas de pacientes.
De acordo com informações prestadas à Polícia Civil, o Conselho Regional de Biomedicina da 3ª Região afirmou que Karine não está registrada como biomédica e, consequentemente, não possui formação na área. O áudio em questão, de uma conversa entre Karine e um paciente atendido na clínica, corrobora os relatos das vítimas, que alegam que a empresária se apresentava como profissional habilitada, mesmo sem embasamento acadêmico.
Karine e seu esposo foram presos no dia 18 de dezembro e permanecem na Casa do Albergado, em Goiânia, sob investigação por organização criminosa, lesão corporal gravíssima e estelionato. A defesa do casal alega que os pacientes sempre foram tratados com respeito e promete esclarecer os fatos devidamente. A polícia, por sua vez, destaca que a divulgação da operação resultou em mais de 60 pessoas lesionadas pelos investigados.
Os responsáveis técnicos da clínica, incluindo um dentista e uma biomédica, foram soltos por decisão judicial. A defesa do dentista enfatizou que ele sempre atuou dentro dos mais elevados padrões éticos e profissionais. As entidades responsáveis pelas respectivas áreas, como o Conselho Regional de Odontologia e de Biomedicina, estão apurando o caso e aguardam mais informações antes de se pronunciarem oficialmente sobre o assunto.
Os procedimentos realizados na clínica de Karine Gouveia estão sendo investigados pela polícia sob a alegação de que eram conduzidos em condições inadequadas. A falta de habilitação adequada dos profissionais, aliada a falhas na estrutura da clínica, levantou sérias preocupações sobre a segurança e legalidade dos procedimentos. A defesa do dentista responsável técnico reiterou confiança na investigação completa dos fatos e na justiça.
Diante dos desdobramentos do caso, é fundamental que todas as informações sejam analisadas de forma imparcial e criteriosa, garantindo que os envolvidos tenham direito à ampla defesa e ao contraditório. A investigação segue em andamento, com a polícia apurando as irregularidades na clínica e os órgãos competentes acompanhando de perto o desenrolar dos acontecimentos. Os pacientes afetados merecem a devida atenção e respeito neste momento delicado.