Operação Jogada Marcada: denúncia ocorreu em 2023 antes da Série D
Presidente do Goianésia procurou a polícia, que deu início às investigações; sete pessoas foram presas
Polícia Civil de Goiás dá detalhes da Operação Jogada Marcada
Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), detalhou a Operação Jogada Marcada, deflagrada em seis Estados brasileiros. A ação cumpre 16 medidas judiciais (sete prisões e nove mandados de busca e apreensão) contra uma organização criminosa especializada na manipulação de resultados em partidas de futebol. Os criminosos tinham até um grupo em um aplicativo de mensagens denominado “Arbitragem da Propina”.
A denúncia partiu de Marco Antônio Maia, presidente do Goianésia, em 2023, antes do início da Série D do Campeonato Brasileiro. O dirigente foi procurado pelo grupo para ser uma espécie de intermediador do esquema de apostas esportivas. Ao todo, sete pessoas foram presas, sendo um árbitro, um ex-presidente de clube, dois aliciadores e dois ex-jogadores. As prisões ocorreram no Espírito Santo, na Paraíba, no Maranhão, no Ceará e em Pernambuco.
A denúncia ocorreu em 2023. De lá para cá começamos a investigação. Iria começar a Série D do Campeonato Brasileiro. A intenção desse aliciador era que esse presidente de um clube de futebol (Goianésia) conseguisse contatos e oferecesse quantias para outros clubes de futebol. Aqui em Goiás fizemos busca e apreensão de uma das pessoas que iria financiar esse esquema – disse Eduardo Gomes, delegado do Grupo Antirroubo a Banco da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Segundo a Polícia Civil, as fraudes já movimentaram ao menos R$ 11 milhões ilicitamente obtidos, inclusive por meio de plataformas de apostas. A investigação delineou a estrutura hierárquica do grupo, que possui financiadores, intermediários e executores – neste ramo, envolvendo jogadores, treinadores e dirigentes de clubes alvos da operação de hoje.
