Investigação da morte de jovem desaparecido: MP-GO aponta falhas da PM em caso brutal

Busca por carro roubado, jovens executados e pertences na mata: Ministério Público denuncia PMs por morte de adolescente desaparecido. Saiba mais!

Busca por carro roubado, jovens executados e pertences na mata: Veja pontos que o DE apontou ao denunciar PMs por morte de adolescente

João Vitor Mateus de Oliveira está desaparecido há 6 anos. Os policiais militares afirmaram que ele nunca esteve no local da ação policial, porém a família acredita que eles se desfizeram do corpo.

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) destacou pontos essenciais para as investigações ao denunciar quatro policiais militares pela morte do adolescente. João Vitor Mateus de Oliveira, de 14 anos, desapareceu após ir jogar videogame na casa de um amigo, em Goiânia.

A ação policial que resultou na morte do adolescente desaparecido e de outros três jovens ocorreu em 23 de abril de 2018. Marley Ferreira Nunes, Matheus Henrique de Barros Melo e Divino Gustavo de Oliveira foram assassinados dentro da casa onde jogavam videogame, mas o corpo de João Vitor nunca foi encontrado.

Foram denunciados os policiais Fabrício Francisco da Costa, Thiago Antonio de Almeida, Eder de Sousa Bernardes e Cledson Valadares Silva Barbosa. O DE não conseguiu contato com as defesas dos militares até a última atualização desta reportagem.

A Polícia Militar informou que o caso está sob análise do Poder Judiciário e garantiu ter compromisso com a transparência e a observância da legalidade.

Pontos apontados pelo MP-GO:

### BUSCA POR UM CARRO ROUBADO

O inquérito policial revela que, na noite de 23 de abril de 2018, a equipe do Batalhão de Choque entrou na casa de Matheus Henrique após receber uma denúncia anônima sobre uma caminhonete roubada. Familiares e amigos negam que os jovens mortos tenham roubado o carro, além de usar armas ou reagir contra a polícia.

### JOVENS EXECUTADOS

Na versão da PM, os policiais foram recebidos a tiros e revidaram atirando contra os jovens, que morreram antes da chegada do Corpo de Bombeiros. Em depoimento, testemunhas afirmam ter visto a viatura da PM estacionada com a parte traseira dentro da casa. Além disso, relatos apontam que João Vitor foi colocado no porta-malas do veículo.

### PERTENCES NA MATA

João Vitor era primo de um dos jovens mortos e foi encontrado o celular do mesmo na casa onde ocorreram as mortes. Chinelos pertencentes a João Vitor foram achados em uma região de mata, juntamente com a carcaça do celular. A Polícia Civil encontrou projéteis de arma de fogo e uma mancha de sangue no local.

A mãe de João Vitor descreve o adolescente como carinhoso e responsável. Apesar da incerteza sobre o desfecho do caso, ela mantém a esperança de encontrar o corpo do filho para que ele possa ser enterrado com dignidade. Justiça parece distante nesse contexto obscuro.

Por fim, a situação envolvendo o desaparecimento de João Vitor Mateus de Oliveira e dos outros jovens executas traz à tona a complexidade das relações entre segurança pública, direitos humanos e transparência institucional. O caso permanece sem respostas definitivas, evidenciando a necessidade de investigações transparentes e eficazes.